terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Mortos caminham para o sucesso

Segunda temporada da série “The Walking Dead” estreia bem nos Estados Unidos e aspira bons ares na liderança da audiência


Com um sucesso superior da primeira temporada, estreou nesse mês de outubro, nos Estados Unidos, a série “The Walking Dead”. A produção teve 7,3 milhões de espectadores, estabelecendo um novo recorde no universo da TV a cabo americana. A première da segunda temporada teve um aumento de 38% no total de telespectadores em relação à temporada anterior.

"The Walking Dead", da AMC, foi para a liderança do ranking no horário nobre americano, deixando para trás "The X Factor" (Sony, 4,2 milhões entre adultos de 18-49), "Desperate Housewives" (ABC, 3,4 mi) e "CSI: Miami" (CBS, 3 mi).

A série também foi muito bem nos segmentos de público entre 18 a 49 anos e 25 a 54 anos, com respectivamente 4,8 milhões e 4,2 milhões. A exibição e a reprise tiveram um total de 11 milhões de telespectadores.

No Brasil, o seriado foi ao ar pelo Canal Fox – São Paulo, em meados de outubro, após um ano de ansiosa espera dos fãs. “The Walking Dead” é baseado nos HQs e exibe um mundo pós-apocalíptico devastado por uma epidemia que transforma as pessoas em zumbis famintos por carne humana.

Na história, Rick Grimes (Andrew Lincoln), é um policial apaixonado pelo trabalho, e após acordar de um coma em um hospital abandonado, encontra um mundo totalmente diferente do que tinha deixado. Correndo perigo e sem saber ao certo o que estava acontecendo, Rick, saí em uma busca desesperada pela família: sua esposa, Laurenn (Sarah Wayne Callies), e seu pequeno filho, Carl (Chandler Riggs). Depois de ser perseguido por


centenas de zumbis em uma cidade tomada desses “errantes”, Rick reencontra sua família com um grupo de pessoas que também lutam pela sobrevivência. Porém, Laurenn, achando que o esposo estava morto, começa um relacionamento secreto com o melhor amigo de Rick e também policial, Shane Walsh (Jon Bernthal). Agora, Laureen, carrega um fardo de culpa e tenta esconder do marido a verdade.




Em entrevista, o Diretor de Marketing do Canal Fox - SP, Marcello Braga, explica que a adaptação dos quadrinhos para a TV é válida, desde que o conteúdo seja rico: “Uma boa história sempre será uma boa história, seja ela originária de HQs, do cinema, de um livro, etc.” Segundo Marcello, o conteúdo de um HQ é sempre grande pela facilidade da produção e diz também que a sua adaptação TV pode ser boa: “[...] a oferta de bons conteúdos no formato HQ é vasta, basicamente porque é muito mais fácil produzir uma HQ do que um filme ou o piloto de uma série. Por isso, a oferta é imensa e é mais fácil encontrar coisas boas. Além disso, a HQ, ao contrário de um livro ou de um roteiro – já traz uma proposta visual, o que facilita a adaptação pra TV”, conta o executivo da Fox.

Entramos em contato com um dos Cartunistas e Chargistas mais conhecidos do Brasil, Mauricio Ricardo, para saber o que ele achava do sucesso e como a série significava para ele: “Acho que o melhor aspecto é a crítica velada à sociedade atual, onde as pessoas estão constantemente se trancando e vivendo com medo do inimigo externo. Os zumbis, em minha opinião, representam os criminosos, a violência no trânsito e outros perigos da vida moderna.” Completa o chargista Mauricio.


 No último dia 21 de novembro, “The Walking Dead” entrou para o Trending Topics do Twitter como os assuntos mais comentados na noite em que foi ao ar um dos episódios no Brasil pela Fox. Segundo conta Marcello a diferenciação do publico americano para o brasileiro não se trata de conteúdo, ou seja, por ser uma série com zumbis e muito sangue, o publico brasileiro o aceita por igual: “Não há uma grande diferença entre o público brasileiro e o americano no que diz respeito ao conteúdo em si. Talvez a grande distinção entre os dois esteja mais presente na forma de exibir – o americano está acostumado a ver conteúdo sequencial semanalmente, enquanto o público brasileiro está mais acostumado a ver conteúdo sequencial diariamente, devido à cultura de novelas estabelecida pela tv aberta no Brasil”, explica.

Com uma história bem articulada, “The Walking Dead”, traz além de zumbis um universo envolvente com os personagens, conflitos humanos e a difícil convivência com
pessoas estranhas tendo que ser manter unidas para a sobrevivência do grupo. Uma trama que chega a 11 milhões de telespectadores. “Os conflitos humanos são determinantes para o sucesso da série. No fundo, não é uma série sobre zumbis, mas sim sobre esses conflitos.” Completa o Diretor de Marketing, Marcello Braga.



Por: Renato Cavalcante

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